domingo, 3 de abril de 2011

Texto sobre Liderança... - Victor Amaro




Falaeee galera, tudo certin? Depois de taanto tempo off por aki, volto com um texto sobre liderança, de um grande Irmão nosso lá de Votuporanga, o famoso Cheff Antônio Flávio, ou para quem o conhece assim, o “Toco”... hehe

Leiam esse texto escrito por ele e reflitam sobre...

Um grande abraço a todos e até mais...

Coroa Victor

Nós como DeMolays ouvimos desde nossas iniciações algumas coisas que estamos entrando numa “escola de líderes” ou que “vamos, mais tarde, nos tornar líderes pra sociedade”. Mais afinal... que liderança é essa? O que é liderança? Como liderar? Muitas são as definições de liderança, de acordo com o dicionário, liderança é a função do líder e líder é aquele que guia. Muitos foram os autores que dissertaram sobre tal assunto, o que nos leva a concluir que cada um possui, e assim deve ser, um tipo diferente de liderança. Os principais tipos de líderes são:

·         Autoritário - aquele que determina as idéias e o que será executado pelo grupo, e isso implica na obediência por parte dos demais. É extremamente dominador e pessoal nos elogios e nas criticas ao trabalho de cada membro do grupo. Conduta condenável, esta postura e não é válido este tipo de comportamento. É uma pessoa ditadora e soberana, o que comanda o grupo só pensando em si, não aceita as idéias de outro membro do grupo, é uma pessoa déspota também subestimando e diminui o grupo.
Conseqüência: A reação do grupo de modo geral fica hostil e se distancia por medo.

·         Indeciso- Não assume responsabilidade, não toma direção efetiva das coisas, vive no jargão “deixa como esta, para ver como é que fica”. 
Conseqüência: A reação do grupo é ficar desorganizado, gera insegurança e atritos, é como um barco sem leme, não sabe para onde vai.


·         Democrático- É o líder do povo, pelo povo, e para com o povo, preocupa-se com participação do grupo, estimula e orienta, acata e ouve as opiniões do grupo, pondera antes de agir. Aquele que determina, junto com o grupo, as diretrizes, permitindo o grupo esboçar as técnicas para alcançar os objetivos desejados. É impessoal e objetivo em suas críticas e elogios. Para ele, o grupo é o centro das decisões. Acreditamos que a ação do líder democrático é de suma importância para o progresso e sucesso de uma organização.  Tal como um sacerdote, que posso dar o exemplo de Moisés do Egito,      (quando estava com o povo defendia Deus, quando estava com Deus defendia o povo). 

Conseqüência: A reação do grupo é de interação, participação, colaboração e entusiasmo.
·         Liberal - Aquele que participa o mínimo possível do processo administrativo. Dá total liberdade ao grupo para traçar diretrizes. Apresenta apenas alternativas ao grupo.
Conseqüência: A reação do grupo geralmente é ficar perdido, não ficando c
oeso.
·         Situacional - É aquele que assume seu estilo de liderança dependendo mais da situação do que da personalidade. A postura deste líder brota ante as diferentes situações que ele detecta no dia-a-dia. Possui um estilo adequado para cada situação.
Conseqüência: A reação do grupo é de segurança e motivação por certo tempo.

·         Emergente - Diz respeito aquele que surge e assume o comando por reunir mais qualidades e habilidades para conduzir o grupo aos objetivos diretamente relacionados a uma situação especifica. Por exemplo, num caso extraordinário, onde determinadas ações devem ser traçadas de imediato. 
Conseqüência: O grupo reage bem, participa, colabora, sabendo que se houver emergência, o líder saberá o que fazer.

Porém, liderar é bem mais que e, bem mais fácil do que isso. É muito mais simples do que tudo isso. As maiores empresas de hoje apresentam uma forma renovada de liderança, que ao contrário de alguns anos atrás, o líder é o que menos aparece no resultado final de sua equipe. No texto abaixo, de Max Gehringer ilustra muito bem isso. Vamos ao texto:
“Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente. Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras como o Raul.
                Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio. Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho. Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia tudo muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho – com tinta nanquim. Já o Raul nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase.
                Deu no que deu. O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena – que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas.
                No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de “paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino”. E o Raul ali, na terceira fileira, só aplaudindo.
                Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional. Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos.
                E quem era o chefe do Pena? O Raul.
                E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito.
                O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação. Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava. Alguém tinha um problema? Era só falar que o Raul dava um jeito.
                Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa.
                Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta.
                E eu perguntei ao Raul qual era a função dele, Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta. O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.
                Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul. Ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável:... ele entendia de gente.     
                Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos.
                E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima: “Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo”.
                Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar relações entre as pessoas. Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert, e todo pintor comum, um gênio.”
                Apesar de tudo isso, creio que para conseguir liderar um grupo ou uma equipe, além de muito talento, tato, tolerância e comprometimento, é necessário antes de tudo, ser líder de si mesmo, você se conhecer, você se policiar, enfim... sermos líderes de nós mesmos.
                Para ilustrar isso, meus irmãos e tios... termino com um verso do poema Invictus, escrito por William Henley e que serviu de inspiração para o presidente Nélson Mandela durante seus trinta anos de prisão e conseqüentes anos de governo.
                “Eu agradeço a Deus por me dar uma alma indomável,
                Eu sou o Senhor do meu destino,
                Eu sou o comandante da minha alma.”

Assim me despeço. Um forte e fraterno abraço e um beijo no coração de todos.

                                                                                                      Antônio Flávio